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Pescadores criticam políticos e Marinha

Pescadores criticam políticos e Marinha

Depois da mais recente uma tragédia, o presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, em conferência de imprensa realizada na manhã na Póvoa, não poupou críticas à Marinha e deixou muito recados aos políticos e à Autoridade Marítima. José Festas começou por dizer que os coletes não são obrigatórios para embarcações de pesca costeira – nas quais o “Olívia Ribau” se incluía – ao contrário do do que afirmou o porta-voz da Autoridade Marítima, Nuno Leitão.

O dirigente reiterou que a comunidade piscatória está indignada por ter visto um dos pescadores do arrastão, durante quase duas horas, a gritar por socorro, acabando por morrer à espera de um meio de salvamento. Nove anos volvidos sobre a fundação da associação e depois de muitas promessas, Instituto de Socorros a Náufragos continua a não funcionar 24 horas por dia, praticando o horário de administração pública, das 9h às 18h. José Festas não poupa críticas ao estado das barras da Figueira da Foz para norte e, no caso da Póvoa e de Vila do Conde, lamenta que, mais uma vez, as dragagens decorram à porta do Inverno.

O dirigente lamentou ainda que os políticos locais prometam tudo em alturas de campanha eleitoral, mas depois nada é feito. A associação a que preside vai, por isso, estar atenta aos investimentos necessários. Volvidos nove anos do naufrágio do “Luz do Sameiro”, que matou cinco pescadores das Caxinas a 50 metros da praia, em Alcobaça, conduzindo à fundação da “Pró-Maior”, José Festas lamenta que, mais uma vez, pelo menos um pescador tenha morrido à espera de socorro e diz que, desta vez, “a culpa não pode morrer solteira”.

A conferência de imprensa que juntou José Festas e os dirigentes de associações de armadores da Figueira da Foz e de Aveiro foi transmitida em direto pela Onda Viva TV.

As declarações podem ser ouvidas na edição local da tarde.

Rádio Onda Viva 

By WebFarol