Quatro mil pescadores arriscam perder trabalho
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Cerca de quatro mil pescadores poderão ficar sem trabalho se não houver uma dragagem imediata da barra do porto de pesca da Póvoa de Varzim. O cálculo é feito por José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar. Este ano volta a verificar-se um forte assoreamento da barra e a entrada dos barcos apenas se faz quando as condições de mar o permitem fazer em segurança, o que nem sempre acontece. Por isso volta o alerta que todos os anos se repete por esta altura, em que já deveriam ter sido retiradas a areias. O armador da embarcação Mãe Puríssima levou a Onda Viva numa viagem pela entrada no porto de pesca da Póvoa e demonstrou onde está o perigo de um eventual naufrágio. José Festas recordou ter a solução para o problema: a colocação de uma draga permanente conduzida pelos próprios pescadores locais que colocariam a areia a mais nas praias onde faz falta e venderiam a restante para pagar o serviço. O líder da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar está a tentar segurar a revolta dos elementos do setor e tem dois caminhos pela frente para colocar pressão no governo: ou abandona o cargo ou lidera as manifestações populares. José Festas tem o apoio das autarquias locais e fica a aguardar um desenlace positivo neste processo.