Aires e Festas: 'dragagem será insuficiente'
O presidente da Câmara da Póvoa de Varzim corrobora a opinião de José Festas, líder da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar de que a dragagem prevista à barra do porto de pesca não tem a dimensão necessária ou, pelo menos, a desejada pelos pescadores. Aires Pereira esteve na tarde de hoje junto ao molhe norte onde é visível e notório o excesso de areia ao ponto de ter criado uma pequena praia que inclusive já vai servindo para alguns banhistas gozarem o areal resguardado do vento norte.
O autarca acha que os pescadores têm razão para estarem insatisfeitos, mas defende, todavia, que não deve ser desperdiçada a oportunidade de trazer uma draga para a Póvoa nem que, depois, todos possam continuar a insistir na necessidade do prolongamento dos trabalhos de remoção das areias até um nível aceitável. Aires Pereira diz que as obras têm de começar o mais rapidamente possível para as areias serem retiradas antes do mau tempo habitual, após o Verão. E mostrou-se disponível para pressionar o Governo a estender os trabalhos previstos no concurso que está a decorrer, para além dos 940 mil euros de investimento. A lota da Póvoa está a ser preparada para receber mais descargas de peixe, mas o investimento pode ser posto em causa se os barcos não conseguirem aportar em segurança. Foi por isso, aliás, que os armadores chegaram a ponderar impedir, como forma de protesto, as obras da Docapesca até que ficasse definida uma dragagem em condições. O desagrado esteve na forja e foi evitado à ultima hora, confessa José Festas.
O presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar diz-se desagradado por o Governo ter ordenado uma dragagem em Vila do Conde muito menor do que estava previsto, ao contrário do que fez para a Póvoa. Além de tudo isso ficou-se a saber que as areias dragadas vão ser depositadas mais perto da costa para que possam encher as praias da Póvoa e de Vila do Conde.
Rádio Onda Viva