Famílias dos pescadores do "Santa Maria dos Anjos" continuam sem receber
“Chega! Basta! Exigimos respeito!”. Foi assim que o presidente da Apropesca – Organização de Produtores de Pesca Artesanal, Carlos Cruz, começou, hoje, uma conferência de imprensa marcada para denunciar a demora no pagamento das indemnizações às famílias dos pescadores desaparecidos no naufrágio do “Santa Maria dos Anjos”, no dia 14 de Janeiro, ao largo de Sintra. A seguradora, diz Carlos Cruz, tem vindo a arranjar “desculpas” e a verdade é que, volvidos nove meses, o dinheiro ainda não chegou.
Carlos Cruz lembra o naufrágio, os camaradas mortos e diz que é um “desrespeito” pelas famílias enlutadas e não entende a morosidade do processo. O presidente da Apropesca diz que há naufrágio, como o do “Ruben e Bruna”, ocorrido a 19 de Agosto que já têm o processo concluído. Carlos Cruz deixa um apelo aos capitães de portos para que encurtem os prazos para 30 dias no e apela ao presidente da República e ao primeiro-ministro para que ajudem a resolver o caso.Já durante a conferência de imprensa, a Apropesca recebeu a informação de que a Lusitânia Mar viria, ainda hoje, à Póvoa para reunir com as famílias.
Carlos Cruz vai esperar para ver, mas lamenta ser preciso vir publicamente denunciar a situação. seguradora escuda-se na lei, que entretanto foi alterada em Agosto , a fim de acelerar as justificação judicial do óbito – que substitui a declaração de óbito - a emitir pelo MP, mas a verdade é que, no caso do Santa Maria dos Anjos – a justificação, volvidos nove meses, ainda não chegou. Mais uma vez, lamenta, as famílias ficam à mercê da boa vonta de das seguradoras, que neste caso, não adiantou.
Rádio Onda Viva