Pesca da sardinha com muitas limitações
Oficialmente os pescadores da sardinha poderiam regressar ao mar a partir de hoje, mas as organizações de pesca (OP) de todo o país chegaram a acordo e só vão para a faina a 2 de Maio. E mesmo a partir daí, os cerca de 100 barcos da arte do cerco passam ainda a ir para as capturas somente quatro dias por semana: à 2.ª, 3.ª, 5ª e 6.ª feira. A ideia é reservar a quota para o Verão, altura em que a sardinha tem maior qualidade e atinge preços mais elevados.
E até 31 de Julho há 6800 toneladas para pescar, ou seja, quase metade da quota anual nacional que deverá ficar-se por um valor idêntico ao ano passado: 13.500 toneladas. O montante exato permitido só será definido após as prospeções aos stocks que deverão realizar-se no final deste mês. Do acordo entre as OP faz ainda parte a decisão de estabelecer limites diários de captura por barco, sem distribuir a quota por grupos de produtores como aconteceu em 2015.Assim, os barcos até 9 metros podem capturar 50 cabazes por dia, entre 9 e 16 metros 100 cabazes e, acima de 16 metros, 150 cabazes.
Duas Organizações de Produtores são, por exemplo, a Apropesca que representa 12 barcos da Póvoa e de Vila do Conde e a Propeixe que tem 25 barcos a operar em Matosinhos. A partir dos referidos portos trabalham centenas de pescadores da sardinha que moram na região e que, segundo o despacho da ministra do Mar, conhecido ontem, terão somente 200 toneladas para capturar este mês.E lá está: o grosso da pesca está autorizada para os meses de maio, junho e julho.
Rádio Onda Viva