Decretada proibição da pesca da sardinha
A pesca da sardinha está nos últimos dias. O país esgotou a quota nacional de pouco mais de 11.500 toneladas, pelo que a pescaria será, agora, suspensa a partir de quarta-feira. A decisão saiu de uma reunião que sentou, ontem, à mesma mesa as organizações de pesca e a Secretaria de Estado do Mar, em Lisboa.
Da reunião, saiu ainda a garantia de que, ao abrigo do Promar (Programa Operacional do Mar), haverá dois meses de apoios à paragem, pagos à razão de cerca de 700 euros por mês a cada pescador, como explicou Agostinho Mata, o presidente da Propeixe, que representa 25 barcos da pesca do cerco de Matosinhos, muitos dos quais dão emprego a pescadores de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim. Por enquanto, a quota para 2017 é ainda uma incógnita, mas os pescadores estão otimistas. Apesar de tudo, diz ainda Agostinho Mata, os pescadores do cerco não se podem queixar do ano: a sardinha teve um valor de mercado melhor, apareceu na costa portuguesa bastante biqueirão e a pescaria acabou por se prolongar até mais tarde.
Recorde-se que, em 2016, a quota nacional de sardinha ficou-se pelas 11.560. Os barcos da pesca do cerco regressaram à faina da sardinha a 2 de Maio, reservando a quota para os meses em que a sardinha tem melhor valor de mercado. Em 2017, a fórmula deverá ser repetida, pelo que, para muitos se seguem, agora, seis meses de paragem. Em Portugal, há 130 barcos do cerco que dão emprego a cerca de dois mil pescadores, muitos dos quais da zona da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde.
Rádio Onda Viva